[macau, seis e trinta e três da manhã]
a caminho de hong kong. no terminal marítimo, manhã só, desenho imperfeito da segunda ponte. não se ouve mais a chuva, só a voz de um homem ocupa a sala de espera. grita em cantonês, carrega ao colo uma boneca de plástico, vestido vermelho cuidado, olhos grandes a entoar uma espécie de mantra. e todos se calam, só eu não entendo o que diz. regresso ao telemóvel, nas notícias, país em luto, num email, “has china become more nationalistic recently?”. encosto-me, tento concentrar-me no dia que começa na segunda ponte, mas tudo me parece miserável
Posted on June 18, 2017
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