[25 de abril] às portas do tibete, à mesa tsampa, é cevada torrada, manteiga de iaque, na colher a imagem de um cravo, e na rua já homens e mulheres à volta de gonchen, mosteiro que caiu durante a revolução cultural, que renasceu, que mantém viva a esperança, e eu tenho ainda lev (nome fictício) na memória, o motorista que nos trouxe ao extremo chinês, estou proibido de transportar estrangeiros, disse quando a polícia o mandou para trás, em manigango, ao passarmos mais um checkpoint, o medo estampado na cara, e um autocarro já à nossa espera para nos trazer até aqui, ao topo deste morro onde me encontro, novo mosteiro, dez mulheres à volta da roda, as orações diárias que levam o dia e a vida, rosários budistas presos à mão, o mantra a elevar-se no vale, e a liberdade por fim na palavra.
de derge, província de sichuan, china
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Posted on April 25, 2019
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