os lírios pararam de crescer, resistem em vasos quase minúsculos, que devem precisar urgentemente de ser trocados. sem saber bem o que estou a fazer, dou-lhes água, aparo as velhas folhas, passo a mão pelas que ainda sobrevivem, numa tentativa tosca de retirar a fina (mas óbvia) camada de pó, acumulada por dias de indiferença. devem precisar disto, penso, enquanto me afasto da janela.
está tufão três, chove. sem vontade de tomar decisões sérias, ou quaisquer decisões, deito-me no sofá a escrever esta nota-que-provavelmente-não-faz-sentido-nenhum, a adiar as próximas horas neste confinamento de meses que parece não ter fim, a ler sobre hong kong, a cidade que está a arder.
pobres lírios.
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Posted on August 1, 2020
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